sexta-feira, 4 de junho de 2010

500 Dias de Verão

O amor é um sentimento confuso: bom mas ruim, feliz porém triste, etc. Dessa dualidade, nasce talvez seu encanto, que faz milhões de corações dispararem no mundo inteiro a cada segundo. Afinal, não há amor sem sofrimento, porque no mundo real, nem tudo é um mar de rosas. Não há um relacionamento como os romances da literatura e cinema, nada é perfeito. E é a partir dessa imperfeição que se constrói um dos melhores filmes de 2009: 500 Dias com Ela, ou no seu título original, a ironia com o nome da personagem protagonista 500 Days of Summer.

Os opostos se atraem, no caso de Tom (um apaixonante Joseph Gordon-Levitt) e Summer (uma linda e odiável Zooey Deschanel), a diferença crucial entre os dois é: ele acredita no amor, ela não! A partír daí, 500 Dias já mostra que não é um filme comum e que não cai no lugar-comum das comédias românticas. O filme é cheio de idas e vindas no tempo, pontuadas por um belo desenho dos 500 dias que durou esse amor, pelo menos para Tom. A trama é simples: ele se apaixona por ela, mesmo ela não acreditando no amor, dá uma chance. Os dois vivem um namoro comum, mas não rotulam de namoro. Não se chamam de namorados, mas todos sabem que estão juntos e fazem programas de casais: sair para compras, passeio no parque, barzinho com amigos, cinema. Até que um dia, ela chega pra ele e diz que não quer mais.

Então, Tom começa a reviver todos os 500 dias desse amor para encontrar onde deu errado. O filme tem personagens secundários ótimos, como os amigos de trabalho de ambos (eles trabalham na mesma empresa de cartões, ele cria cartões apesar de ser arquiteto formado, e ela é secretária do chefe) e a irmã de Tom. Mas, são nas cenas de Joseph e Zooey se amando ou não, que está a força do filme, diálogos críveis, realistas e totalmente fatais para quem está apaixonado ou não. A fotografia é encantadora, e a partir do olhar de arquiteto dele nos deparamos com uma beleza singular de uma grande metrópole. A trilha sonora faz essa jornada amorosa se tornar mais deliciosa e agradável, como uma tarde de verão sob as árvores de um parque. A direção de Marc Webb é segura e flui com naturalidade. Enfim, um filme para todos que queiram ver uma das obras que melhor retratou o amor nas telas do cinema.

2 comentários:

  1. Nossa! Fiquei encantando pelo filme, só de ler sua crítica!
    Fato que vou ver! Nem gosto muito de filmes assim, mas vou ver! Te darei um voto de confiança! husahuashausashu

    brincando fernando! Show de bola! Continue postando que eu continuo aqui!

    abraços!

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  2. Excelente crônica realizada acerca do filme.
    Mais uma vez, o Fernando brinda-nos com um excelente texto e desperta a vontade de acompanhar o filme.
    E viva o amor!

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