quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Guerra digital


Alguém avise a George Lucas que a força não está mais do seu lado, não enquanto ele tentar sugar o máximo possível de dinheiro com sub-produtos da sua série "Star Wars". A trilogia original (aquela da década de 70) era o supra-sumo dos efeitos e inovações do cinema, com uma história empolgante, apesar dos diálogos sem noção. Depois, ele quis fazer mais dinheiro e completou a saga com os três episódios que representam o início da aventura. Aproveitando as novas tecnologias fez um espetáculo visual com os Episódios I, II e III. Porém, a qualidade do roteiro e dos diálogos caiu muito. E conseguiu criar o personagem mais odiado da história do cinema: Jar Jar Binks.

Agora para fazer com que "Star Wars" cai no gosto das crianças lança a série animada "Clone Wars" e o filme "Star Wars: The Clone Wars", com eventos que se passam entre os episódios II e III da cinessérie. Velhos e novos personagens se encontram na trama que envolve a batalha pelo poder na República.

A qualidade da animação é boa, apesar dos traços mais retos, que o formato original do rosto humano, por exemplo. As batalhas são [quase] legais e só. De resto, o desenho é tão enfadonho quanto a trilogia recente. Consegui aguentar 1h10. Desisti e sai faltando 20 minutos para que Anakin e Obi-Wan cumprissem sua missão.

A verdade está lá fora


Em 1998, quando lançou o filme de "Arquivo X", a cultuada série de Chris Carter estava em sua quinta temporada, e mesmo assim, com uma história confusa sobre testes de vírus mortal, não se saiu bem nas bilheterias. Dez anos depois, o Arquivo X é reaberto com o novo filme "Arquivo X: Eu Quero Acreditar". Como conseguir atrair os fãs da série que se findou em 2002?

Chris Carter teve a resposta ao criar uma história sem ligações alienígenas e utilizar um tema pouco explorado durante as nove temporadas da série: uma investigação do FBI de algo real sem muita paranóia sobrenatural. De certo modo, o filme é fiel às suas origens. Com a cética Dana Scully vivendo uma doutora com um paciente terminal após o encerramento do Arquivo X e um Fox Mulder ermitão, barbudo e sem confiança em nada.

O filme não fez boa bilheteria, é irregular e a trilha original do filme é muito mal aproveitada (seria George W. Bush, um alienígena?) durante a exibição. Tenta criar suspense em cenas onde não cabia a música original. Mas a história do Dr. Frankenstein russo até que não é ruim, só que era esperado mais para a volta dos agentes mais famosos do FBI.

Ponto positivo: temos uma boa cena do envolvimento amoroso entre David Duchovny (Mulder) e Gillian Anderson (Scully).

Múmia de cara(s) nova(s)



O terceiro episódio da franquia "A Múmia" apresenta caras novas, no papel de Evelin O'Connel sai Rachel Weisz entra Maria Bello, sai o Egito entra a China, sai Arnold Vosloo entra Jet Li no papel de múmia que vai infernizar a vida do atrapalhado herói Rick O'Connel, interpretado como sempre por Brendan Fraser.


A história de "A Múmia - Tumba do Imperador Dragão" se passa no Oriente, anos depois de "O Retorno da Múmia". O filho dos O'Connel, Alex, já está um rapaz galinha que se mete em confusão ao encontrar a tumba do tal imperador. Daí é a mesma história de sempre, um grupo quer acordar a múmia para dominar a Terra, desperta e começa uma batalha do bem contra o mal.


As piadas estão lá, ação descerebrada também, mas falta alguma coisa. Talvez a Rachel. Mas algo que incomoda mesmo é o quão velho está Alex, enquanto seu pai continua com a mesma cara. Temos a adição de seres da mitologia chinesa, como um imperador que realmente se transforma num dragão, três "abomináveis homens da neve" e muitos fogos de artifício.


Num geral até diverte, mas é um episódio inferior aos anteriores. O que segura o filme? A simpatia e carisma de Brendan Fraser.