quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Vermelhão


Guillermo Del Toro é o diretor mais bacana de Hollywood atualmente. O mexicano pançudinho começou a espalhar sua criatividade no cinema com "Mutação", ficou famoso com o filme-de-guerra-de-terror "A Espinha do Diabo", garantiu sua aparição nos EUA com "Blade II" e em seguida, "Hellboy". A consagração veio com o filme-de-guerra-de-fantasia "O Labirinto do Fauno" e então, "Hellboy II - O Exército Dourado" ganhou vida.

A seqüência da aventura do diabo vermelho e sua equipe de aberrações quase não viu a luz do dia. Mas eis que a pequena obra-prima em espanhol de uma menina e seres mágicos durante a Guerra Espanhola, garantiu que víssemos mais uma vez a HQ do Vermelhão na telona.

"Hellboy II" mostra a ira do príncipe do submundo, Nuada, que decide acordar o temido Exército Dourado para mostrar aos humanos da superfície quem manda na Terra. Para isso, ele precisa da terceira parte da coroa que está com sua irmã, que passa a ser defendida por Hellboy e sua equipe.

O filme tem uma trilha eletrizante, um ritmo de roteiro empolgante, histórias paralelas que reforçam e sustentam a trama e muita ação. Além da marca registrada de Del Toro, seu visual fantástico e criaturas bizarras e maravilhosas. Um grande filme-pipoca com muito estilo.

Entretanto, não dá pra negar, que assistir "Hellboy II" é pensar no que Guillermo está planejando para seu novo filme, afinal, ele vai dirigir nada menos que a adaptação de "O Hobbit" sob a tutela de Peter Jackson (responsável pela trilogia "Senhor dos Anéis" que sucede a trama de "Hobbit"). Uma prova que o mexicano está gabaritado para o posto: a cena que Hellboy enfrenta o último Elemental no meio da cidade. Simplesmente surpreendente e sublime.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Procura-se: O Absurdo!


Absurdo é o adjetivo para definir o novo filme de Angelina Jolie e James McAvoy. A história de um grupo de assassinos que matam de acordo com o que uma máquina de tear escolhe é um tanto inacreditável. E balas fazendo curva (!), é o cúmulo da tolerância. Porém, quando se trata de um filme de Hollywood isso é até natural.

O diretor do filme é o russo Timur Bekmambetov (responsável por Guardiões da Noite e Guardiões do Dia) em sua primeira incursão pelo mundo dos blockbusters americanos. Morgan Freeman lidera o clã de matadores profissionais denominado "Fraternidade", com todo seu carisma natural.

Wesley Gibson (McAvoy) é um funcionário infeliz, tem uma vida pacata até saber que seu pai - desconhecido - é morto e o próximo alvo dos matadores é o próprio Wesley. Treinado por Fox (Jolie), ele vai liberando todo seu potencial e começa a ter controle sobre si e seu mundo.

Daí é uma caça aos assassinos, enquanto é caçado. Reviravoltas. Mortes. Cura. Sangue. E balas se desviando para acertar o alvo (no melhor emprego do bullet time, desde "Matrix"). No final, temos um dos melhores filmes-pipoca do ano, pra não se levar a sério e temos a Sra. Pitt mais sensual e fatal do que nunca.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Guerra digital


Alguém avise a George Lucas que a força não está mais do seu lado, não enquanto ele tentar sugar o máximo possível de dinheiro com sub-produtos da sua série "Star Wars". A trilogia original (aquela da década de 70) era o supra-sumo dos efeitos e inovações do cinema, com uma história empolgante, apesar dos diálogos sem noção. Depois, ele quis fazer mais dinheiro e completou a saga com os três episódios que representam o início da aventura. Aproveitando as novas tecnologias fez um espetáculo visual com os Episódios I, II e III. Porém, a qualidade do roteiro e dos diálogos caiu muito. E conseguiu criar o personagem mais odiado da história do cinema: Jar Jar Binks.

Agora para fazer com que "Star Wars" cai no gosto das crianças lança a série animada "Clone Wars" e o filme "Star Wars: The Clone Wars", com eventos que se passam entre os episódios II e III da cinessérie. Velhos e novos personagens se encontram na trama que envolve a batalha pelo poder na República.

A qualidade da animação é boa, apesar dos traços mais retos, que o formato original do rosto humano, por exemplo. As batalhas são [quase] legais e só. De resto, o desenho é tão enfadonho quanto a trilogia recente. Consegui aguentar 1h10. Desisti e sai faltando 20 minutos para que Anakin e Obi-Wan cumprissem sua missão.

A verdade está lá fora


Em 1998, quando lançou o filme de "Arquivo X", a cultuada série de Chris Carter estava em sua quinta temporada, e mesmo assim, com uma história confusa sobre testes de vírus mortal, não se saiu bem nas bilheterias. Dez anos depois, o Arquivo X é reaberto com o novo filme "Arquivo X: Eu Quero Acreditar". Como conseguir atrair os fãs da série que se findou em 2002?

Chris Carter teve a resposta ao criar uma história sem ligações alienígenas e utilizar um tema pouco explorado durante as nove temporadas da série: uma investigação do FBI de algo real sem muita paranóia sobrenatural. De certo modo, o filme é fiel às suas origens. Com a cética Dana Scully vivendo uma doutora com um paciente terminal após o encerramento do Arquivo X e um Fox Mulder ermitão, barbudo e sem confiança em nada.

O filme não fez boa bilheteria, é irregular e a trilha original do filme é muito mal aproveitada (seria George W. Bush, um alienígena?) durante a exibição. Tenta criar suspense em cenas onde não cabia a música original. Mas a história do Dr. Frankenstein russo até que não é ruim, só que era esperado mais para a volta dos agentes mais famosos do FBI.

Ponto positivo: temos uma boa cena do envolvimento amoroso entre David Duchovny (Mulder) e Gillian Anderson (Scully).

Múmia de cara(s) nova(s)



O terceiro episódio da franquia "A Múmia" apresenta caras novas, no papel de Evelin O'Connel sai Rachel Weisz entra Maria Bello, sai o Egito entra a China, sai Arnold Vosloo entra Jet Li no papel de múmia que vai infernizar a vida do atrapalhado herói Rick O'Connel, interpretado como sempre por Brendan Fraser.


A história de "A Múmia - Tumba do Imperador Dragão" se passa no Oriente, anos depois de "O Retorno da Múmia". O filho dos O'Connel, Alex, já está um rapaz galinha que se mete em confusão ao encontrar a tumba do tal imperador. Daí é a mesma história de sempre, um grupo quer acordar a múmia para dominar a Terra, desperta e começa uma batalha do bem contra o mal.


As piadas estão lá, ação descerebrada também, mas falta alguma coisa. Talvez a Rachel. Mas algo que incomoda mesmo é o quão velho está Alex, enquanto seu pai continua com a mesma cara. Temos a adição de seres da mitologia chinesa, como um imperador que realmente se transforma num dragão, três "abomináveis homens da neve" e muitos fogos de artifício.


Num geral até diverte, mas é um episódio inferior aos anteriores. O que segura o filme? A simpatia e carisma de Brendan Fraser.

sábado, 26 de julho de 2008

Boboca como sempre


Brendan Fraser é o típico ator de um tipo só: o cara boboca que se mete em encrenca numa aventura absurda. É assim na trilogia "A Múmia" e também nesse "Viagem ao Centro da Terra", adaptação da obra de Julio Verne. Ok. Ele já fez outros papéis, mas tem se destacado ultimamente apenas nesse estereótipo, tanto que o terceiro episódio mumificado sai no próximo dia 01 de agosto.

Vamos ao filme. O livro serve como guia do personagem de Fraser na busca por seu irmão perdido há cerca de 10 anos. Ele trabalha num laboratório e ao analisar anotações do irmão e os registros de um computador, segue com o sobrinho para uma viagem à Islândia. Os dois e uma guia vão a uma região vulcânica, caem numa caverna e... viajam para o centro da Terra. Há vida embaixo de nossos pés e tudo igual à descrição do livro de Verne, que Fraser tem à mão, pois era o livro favorito do irmão desaparecido.

O filme foi feito para cinemas em 3D, infelizmente, assisti num cinema convencional. Os efeitos são legais e há alguns momentos cômicos, que acabam remetendo ao personagem Rick O'Connel (A Múmia). Mas é uma diversão sem compromisso, boboca que faz rir e passar uma hora e meia comendo pipoca.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Cartas na mesa



"Batman - O Cavaleiro das Trevas" é o filme do Coringa. Batman, Alfred, Rachel, Lucius, Gordon, Harvey, estão todos lá, mas o filme é do Coringa. A atuação insana de Heath Ledger merece a indicação ao Oscar. O filme também merece outras indicações como: filme, diretor, trilha, fotografia, direção de arte, som, edição, efeitos visuais. "TDK" (as iniciais do sub-título em inglês) elevou as adaptações de histórias em quadrinhos a outro patamar.


É um policial, de roteiro amarrado e com reviravoltas, boas atuações, de ação ininterrupta e a história é angustiante. Realmente, prende o espectador já em sua primeira película projetada. Não há espaço para escapismo, piadas infantis e vilões bufões. É um filme adulto e maduro.


A direção de Christopher Nolan é segura e ritmada. O Batman de Christhian Bale é atormentado por dúvidas sobre seu papel dentro da estrutura social de Gotham. Harvey Dent é o bom moço que ao ter sua vida desgraçada por uma tragédia, mostra sua verdadeira face. E o Coringa, é como ele diz "o agente do caos", que espalha o medo por onde passa.


Um grande filme. Uma excelente adaptação. Alguns recordes de bilheteria: 18,5 milhões de dólares em ingressos antecipados, 66,7 milhões de dólares no primeiro dia, 158 milhões de dólares em seu fim de semana de estréia. Esses números em solo americano mostra a força do melhor filme do ano.


Não é tem como sair com um sorriso no rosto, após tanta adrenalina. Mas se alguém te perguntar: "Por que tão sério?", fuja enquanto é tempo.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Aventura da China


Desenho, Angelina Jolie, Comédia, Jack Black, Artes Marciais, Jackie Chan, Aventura, Lucy Liu, Drama e Dustin Hoffman. Essa mistura é a tônica de "Kung Fu Panda" da Dreamworks, a sua melhor desde "Shrek 2". Mas, para fazer sucesso, novamente, o estúdio utiliza grandes atores como dubladores. E assim, conseguir mais marketing, coisa que não acontece com a grande rival Pixar/Disney.

Vamos ao que interessa. O filme é bom? É. Muito divertido, piadas engraçadas, cenários exuberantes, cenas de ação fantásticas e ainda uma lição de moral bem à moda chinesa. Aliás, que boa estratégia lançar um filme com temática oriental às vésperas dos Jogos Olímpicos de Beijing (Pequim), na China.

A história de um panda Po, preguiçoso e gorducho que sonha em ser um mestre do kung fu, que se mete numa enrascada quando é apontado como o único a combater o tigre Tai Lung e salvar o Vale da Paz de sua fúria.

Infelizmente, conferi "Kung Fu Panda" na versão dublada que domina os cinemas brasileiros. São raras as cópias legendadas. Desculpa da distribuidora: é um filme para crianças e elas não conseguem acompanhar o desenho e a leitura, quando elas sabem ler. Mesmo assim é uma grande diversão para essas férias escolares de inverno.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Da comédia ao drama


Assim é "Hancock", o novo filme de Will Smith. Ele é John Hancock, um sujeito comum, adora beber, safado, mau-humorado e super-poderoso. Ok, nem tão comum assim. O povo o odeia porque ele sempre estraga tudo quando vai fazer o bem. Aí termina a comédia. Ele vai preso por destruir bens públicos em seus atos 'heróicos'. Aí começa o drama.

Ele passa a ter uma ajuda de uma família comum para se reintegrar na sociedade e descobre que não está sozinho. Há outro de sua espécie de poderes. Enfim, não adiantar contar mais. Temos uma boa comédia no início do filme e um verdadeiro filme de super-herói no fim, com boas cenas de ação.

O negócio é desligar o cerébro e o senso crítico e embarcar nessa aventura.

domingo, 6 de julho de 2008

A Beleza da "Cegueira"

Neste último dia 03, lançaram os cartazes individuais do filme "Cegueira" de Fernando Meirelles, adaptação do livro português "Ensaio sobre a Cegueira", de José Saramago. A obra internacional, gravada no Brasil, Uruguai e Canadá tem lançamento no Brasil em 12 de setembro.


Cada cartaz tem um ator e uma frase que, ao que tudo indica, define seu personagem.


Danny Glover: Faith is Blind (A Fé é Cega).


Alice Braga: Lust is Blind (A Luxúria é Cega).


Gael García Bernal: Trust is Blind (A Confiança é Cega).


Mark Ruffalo: Hope is Blind (A Esperança é Cega).


Julianne Moore: Love is Blind (O Amor é Cego).




Os mais belos cartazes do ano.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Um grande robô


Um romance, uma aventura, uma crítica social e ambiental, uma comédia, um drama e... um desenho. Tudo isso serve para descrever "Wall.E", a nova animação da Pixar/Disney. Um filme para crianças se encantarem com um robozinho curioso e apaixonado, e os adultos se emocionarem com uma mensagem de socorro feita por uma máquina sobre o nosso futuro.

O visual do filme é sensacional, uma Terra devastada, um espaço luminoso, uma nave futurista, humanos exageradamente gordos e preguiçosos e robôs neuróticos. Mais uma grande obra da Pixar.

Jogada de sorte


A nova comédia romântica de Cameron Diaz e Ashton Kutcher, "Jogo de Amor em Las Vegas" apostou numa história clichê, previsível, mas que contagia. O motivo do sucesso: a química do casal abobalhado. A história do casal que se casa em Las Vegas, bêbados, sem se conhecer e depois tem que conviver por causa de um prêmio de 3 milhões de dólares é absurda. Mas é nesses exageros que temos muitas cenas engraçadas.

A prova desse sucesso é que o filme custou apenas 35 milhões de dólares, rendeu 78 milhões nos Estados Unidos e mais de 120 milhões no resto do mundo.

Vale a pena assistir, para se divertir. E também levar uma companhia. Quem sabe não dá sorte?

sábado, 28 de junho de 2008

Soletrando 2009


É, após a derrota paranaense na final do Soletrando 2008, a qual não dá pra engolir, a produção já estava se mobilizando para o Soletrando 2009. Nesta sexta-feira 27, o site da produção anunciou a lista das escolas inscritas para a primeira fase das seletivas da edição 2009.

Curiosidade. Entrei no site e vi a lista do estado do Paraná, fiquei intrigado ao perceber que algumas cidades-pólo não têm nenhuma escola inscrita. Campo Mourão, Cascavel, Maringá, Umuarama, entre outras grandes cidades do estado.

Surpresa. Fiquei um tanto surpreso ao ver que o único colégio de minha cidade, Quinta do Sol, está inscrito. Colégio Estadual São Judas Tadeu - EFM vai tentar ser o representante paranaense no Soletrando. Achei muito bom, pois quem sabe desperta o interesse nos alunos pela leitura. Afinal, só se conhece bem uma língua com a sua leitura.

Das cidades que pertencem ao Núcleo Regional de Ensino de Campo Mourão, como Quinta do Sol, apenas outras duas apresentaram escolas inscritas para o Soletrando 2009: Iretama e Peabiru.

Boa sorte a todos os inscritos. Que desta vez, vença o melhor!
Quem quiser conhecer as escolas inscritas, acesse:

terça-feira, 24 de junho de 2008

Um Brasileiro na Academia


Esta semana a Academia de Cinema de Hollywood, responsável pelo Oscar, anunciou uma lista de 105 atores, diretores e outros profissionais do cinema, convidados para integrar a Academia e, assim, ter poder de voto na escolha do Oscar. Entre eles, um brasileiro. Walter Salles, 52, diretor reconhecido mundialmente após "Central do Brasil" (1998), indicado aos Oscar e Globo de Ouro de Atriz (Fernanda Montenegro) e Oscar de Filme Estrangeiro, além de vencer o Globo de Ouro de Filme Estrangeiro e o Urso de Ouro de Melhor Filme e Urso de Prata de Melhor Atriz do Festival de Berlim.

Walter Salles é carioca. Seus trabalhos pós-Central do Brasil foram destaques internacionais. O brasileiro "Abril Despedaçado" (2001) foi indicado ao Globo de Ouro de Filme Estrangeiro. Depois, o latino "Diários de Motocicleta" (2004), foi indicado ao Globo de Ouro de Filme Estrangeiro e Oscar de Roteiro Adaptado e venceu o Oscar na categoria Melhor Canção, para Al Otro Lado Del Río, do uruguaio Jorge Drexler. A primeira incursão do brasileiro no mercado hollywoodiano foi o remake do terror japonês "Água Negra" (2005), um estrondoso fracasso. A volta por cima veio esse ano, com o inédito "Linha de Passe", que deu a Sandra Corveloni o prêmio de Melhor Atriz do Festival de Cannes.

Boa sorte pra ele e pra nós. Quem sabe sua entrada na Academia não seja mais um passo pelo reconhecimento do cinema nacional tanto nos Estados Unidos, quanto aqui no Brasil, onde algumas pessoas esnobam nossos filmes, considerando-os de qualidade inferior.

Novo Blog

Pessoal, hoje deu início uma parceira entre amigos viciados por Fórmula 1: Blog dos Fernandos! Eu e meu amigo Fernando Justini, vamos postar notícias, opiniões e curiosidades sobre o mundo da Fórmula 1.
Bem como nossas apostas para os pódios de todas as provas para a temporada 2008. Saia na frente, e veja as novidades na primeira fila.
Acesse http://blogdosfernandos.blogspot.com

quinta-feira, 19 de junho de 2008

O mês do meio

Junho marca o meio do ano, o primeiro semestre finda aqui e suas peculiaridades (como qualquer mês tem) são friamente desenvolvidas. Afinal, só aqui para se comemorar o Dia dos Namorados antes de Santo Antônio, o Santo Casamenteiro. Quantas moças não castigam o coitado do santo, só porque passaram mais uma vez sozinhas o dia em que os amantes se entregam às luxúrias da paixão e do.. consumismo. O mercado agradece, pois é uma das datas comemorativas de maior venda, o preço médio dos presentes é maior que no Dia dos Pais.
Aliás, quer clima mais romântico que o frio? A comemoração começa com delicioso jantar à luz de velas, passa para um filme com pipoca e termina com vinho, cama, cobertor e exercício físico no motel. A conta do cartão no fim do mês é a pior ressaca de tanta paixão.
Então temos as tradicionais festas juninas com suas quadrilhas (Brasília têm inúmeras), balões, quentão, doces, sanfonas e pipoca, novamente. Daí o clima esquenta com tanta bebida e dança. São João, São Pedro, São Paulo. Pula a fogueira. Pula a cerca. E a casa cai. Quanta gente não aproveita a barraca do beijo.
Aquele lindo casal de namorados no início do mês, agora tá no "Bloco do Eu Sozinho", cada um no seu canto. Nem a medalhinha de Santo Antônio dá jeito na situação. O mês do meio do ano acaba, o namoro acaba, as festas acabam. Só resta o frio e as contas a pagar, sem direito a cobertor de orelha.
Para quem tem mais sorte, Santo Antônio dá uma força. Encontra o amor de sua vida e vive uma história de amor de inverno, que é melhor que amor de verão: tem a desculpa do frio para ficar mais perto, bem mais perto!

País do Futebol?

Há muito tempo, chamam-nos de "País do Futebol". Campeões do mundo no futebol de campo, areia e salão. Atualmente na areia temos a forte concorrência de Portugal e França. No salão, a Espanha é a dona do mundo. E no campo, temos uma seleção apática, com um "pseudo-técnico" medíocre e vamos tomando surra de Venezuela e Paraguai. Sim, após anos de invencibilidade, pela primeira vez na história a Venezuela conseguiu derrotar o Brasil, por 2 a 0, num amistoso nos Estados Unidos. Parabéns ao país de Hugo Chavez. E Dunga é o "técnico" responsável por essa façanha histórica negativa.
Mas havia esperança, num confronto de grandes seleções pelas eliminatórias. Brasil e Argentina, no Mineirão. Esse era o palco para a redenção. Noventa minutos depois, zero a zero. Para a Argentina foi bom, continua vice-líder. Para o Brasil, a queda na tabela e o tabu de estar a 270 minutos sem marcar gol.
Esse é o "País do Futebol", que nunca ganhou um ouro olímpico e se prepara para Beijing (Pequim - China). Enquanto isso, a SELEÇÃO de Vôlei comandada por Bernardinho (esse sim, um técnico de verdade) vem ganhando na Liga Mundial e foca seu trabalho em busca do Tri olímpico. Assim como nossas duplas de vôlei de praia e a seleção feminina já estão garantidas e são francas favoritas a medalhas.
Acho que é melhor nos chamar de "País do Vôlei", pelo menos esses não nos decepcionam com tanta freqüência.

Nárnia não empolga


Comparado a "O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa" este segundo episódio da série "Crônicas de Nárnia" é melhor, mas não o suficiente para evitar a decepção que a Disney vem amargurando. Orçado em 200 milhões de dólares, "Príncipe Caspian" não consegue um bom resultado nas bilheterias, vem patinando pra alcançar a marca de 150 milhões em solo americano e 300 milhões de bilheteria mundial. As atuações do quarteto principal continua fraca, os coadjuvantes são mais interessantes. A atuação de Tilda Swinton (a Feiticeira Branca) rouba o filme em poucos segundos na tela.
Os efeitos estão mais caprichados, porém a fotografia escura atrapalha no início. As cenas de batalha, novamente, não tem a veracidade e impacto esperados. É tudo muito infantil, parece uma guerrinha de crianças. Não tem sangue. Em resumo, o trailer é bem melhor que o filme, pois é onde estão as cenas mais eletrizantes. A trilha sonora é fantástica, questões técnicas como figurino, maquiagem, direção de arte e efeitos visuais são o ponto alto. Entretanto, é melhor esperar pelo dvd.

domingo, 15 de junho de 2008

Apocalipse


Nesta sexta-feira 13 de junho, fui ao cinema conferir a estréia do novo filme do diretor M. Night Shyamalan. Ele ainda sofre com o fantasma de "O Sexto Sentido", seu primeiro filme e grande sucesso. Mas que teve seus outros filmes, principalmente, os dois últimos, "A Vila" e "A Dama na Água", muito criticados. E esse novo filme, não era de se esperar também entra na linha divisória entre amor e ódio, por parte da crítica e do público.
"Fim dos Tempos", a nova obra, é fantástico. Tem sustos, uma teoria sobre a fúria da natureza contra a humanidade. Porém, o grande monstro desse filme é a incapacidade humana de reação frente ao inexplicável, ou a algo que tem uma explicação estranha. Os atores parecem paranóicos e a falta de uma reviravolta no final surpreende mais do que se tivesse uma surpresa, comum nas obras de Shyamalan. No geral, uma pequena obra-prima que nos faz pensar, e talvez seja por isso que não faça tanto sucesso.

domingo, 8 de junho de 2008

Repaginando...

O tempo passa, a vida muda e a gente evolui. O Blog do Fonseca atravessou mais um período de ostracismo para retornar atualizado e repaginado. Afinal, a vida não é apenas pão e circo, é preciso trabalhar e inovar. O cinema continua sendo o foco principal e ganhará mais dinâmica (ninguém merece notícias a cada 6 meses, o negócio agora é agilidade). O mundo gira e tudo acontece muito rápido na sétima arte.
Além disso, teremos notícias curtas sobre outros assuntos pertinentes ao nosso cotidiano e à cultura. Umas poesias da minha fase de poeta adolescente (só pra distrair e rir um pouco das baboseiras juvenis).
Mudei também o layout da página, mas o verde continua. É isso aí, mais detalhes, matérias, fotos e notícias estão pra chegar, tenho que terminar de recarregar as baterias e começar o trabalho...

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Globo de Ouro sem brilho das estrelas, mas muito disputado

Em sua 65ª edição, a Imprensa Estrangeira de Hollywood se viu obrigada a retirar o tapete vermelho, cancelar o famoso jantar e fazer apenas uma entrevista coletiva para anunciar os vencedores do Globo de Ouro. Essa mudança de programação ocorreu por causa da greve dos roteiristas, que planejavam fazer um piquete em frente ao Bervely Hilton Hotel, onde aconteceria a cerimônia. E o Sindicato dos Atores declararam que as estrelas do cinema como manifestação de apoio aos grevistas, não compareceriam à entrega.
Mesmo assim, o prêmio segue como termômetro para o Oscar. Num ano de disputa acirrada, como vemos pela primeira vez sete filmes indicados na categoria de Melhor Filme Drama. Também como uma jovialidade marcante entre os atores, como Kiera Knightley (22), James McAvoy (28) e Saoirse Ronan (13) do filme Desejo e Reparação; Ellen Page (20) por Juno; Ryan Gosling (27) por Lars and the Real Girl; e Nikki Blonsky (19), por Hairspray.
Na noite do dia 13 de janeiro, jornalistas apresentaram os vencedores. Tudo muito simples e rápido. O resultado empolgou alguns e decepcionou outros. A grande surpresa foi a vitória de Julian Schnabel para melhor diretor, por O Escafandro e a Borboleta. No mais foi uma disputa dura, dez filmes foram premiados nas quatorze categorias. Os maiores vencedores foram: Desejo e Reparação, Sweeney Todd – O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet, Onde os Fracos Não Têm Vez e O Escafandro e a Borboleta, ambos com dois prêmios. Entretanto, o vencedor absoluto foi o Sindicato dos Roteiristas, cuja greve fez cancelar a cerimônia, causou prejuízo aos organizadores e aos filmes vencedores. Além de privar o público de discursos, que poderiam ser históricos, por exemplo, de Johnny Depp, Marion Cotillard, Javier Bardem e Julie Christie.
O Brasil não teve indicados na categoria de melhor filme estrangeiro. Porém, O Ano em que meus Pais saíram de Férias mantém as chances para o Oscar, visto que dos cinco indicados ao Globo de Ouro apenas dois foram pré-selecionados para a disputa da Academia: o vencedor da Palma de Ouro em Cannes, 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias (Romênia) e a animação Persepolis (França). E o vencedor do prêmio, O Escafandro e a Borboleta, não foi o escolhido da França para representa-la no Oscar.

Os Vencedores e os Indicados
(O primeiro nome em verde é o vencedor da categoria. Os demais são os indicados)

Melhor Filme/Drama
Desejo e Reparação

Baseado na obra Reparação de Ian McEwan, o filme de Joe Wright relata uma história onde a mente criativa de uma menina e suas frustrações num mundo de adultos faz de uma mentira a destruição de muitas vidas, inclusive dela própria. Além da busca de um grande amor nos tempos de guerra e a esperança de reparar erros do passado.
O Gângster
Filme de Ridley Scott ambientado nos anos 70, quando Frank Lucas construiu um império das drogas, trazia heroína escondida nos caixões de soldados mortos na Guerra do Vietnã e ainda fez uma fortuna avaliada em 250 milhões de dólares.
Senhores do Crime
David Cronenberg entrega outro filme polêmico e violento ao contar a história de Ana, uma enfermeira que vai atrás da família de uma adolescente que morre ao dar a luz e descobre uma ramificação do tráfico sexual em Londres, comandado pela máfia da Rússia.
The Great Debaters
Com direção, produção e protagonizado por Denzel Washington, é o relato da história do professor Melvin B. Tolson que em 1935, na modesta universidade Wiley College Texas, fundou com os alunos um grupo de debatedores para enfrentar Harvard num concurso nacional de conhecimento.
Conduta de Risco
Estréia de Tony Gilroy (roteirista de A Identidade Bourne) na direção, retrata o lado sem glamour da advocacia quando Michael Clayton (personagem que dá nome ao título original) vê sua vida familiar e profissional desabar e ainda tem que enfrentar um desastroso processo de uma corporação de suprimentos agrícolas.
Onde os Fracos Não Têm Vez
Adaptado do livro de Cormac McCarthy, o filme dos irmãos Ethan e Joel Coen é uma história violenta sobre uma transição de drogas que dá errado. Um veterano do Vietnã tenta fugir com dois milhões de dólares, mas é perseguido por dois assassinos e surge um rastro de mortes por onde eles passam nessa caçada pelo Texas.
Sangue Negro
Adaptação da obra Oil! (Petróleo) de Upton Sinclair, o filme de Paul Thomas Anderson é a narrativa sobre Daniel Plainview, um próspero e ambicioso produtor de petróleo no Texas. Ele tenta mais riquezas na Califórnia, utiliza o filho adotivo para conquistar a confiança de fazendeiros.

Melhor Filme/Comédia ou Musical
Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet

Musical macabro de Tim Burton, em mais uma parceria com sua mulher Helena Bonham Carter e Johnny Depp. Benjamin Barker é preso injustamente, sua família cai em desgraça e anos depois ele volta em busca de vingança. Agora sob o nome de Sweeney Todd, ele mata as vítimas com sua navalha e a quituteira Mrs. Lovett faz dos restos mortais as mais famosas tortas de Londres.
Juno
Juno é uma comédia dramática dirigida por Jason Reitman. O roteiro de Diablo Cody narra a vida da adolescente Juno que, com apoio da família e de sua melhor amiga, decide dar seu filho – que ainda nem nasceu – a um casal.
Hairspray
Refilmagem do filme de John Walters que surpreendeu a crítica em 1988 e acabou ganhando os palcos da Broadway. Na versão dirigida por Adam Shankman em 2007, temos uma “reinvenção” da divertida história de Tracy Turnblad, jovem que sonha em ser estrela, mas sofre preconceito por sua forma curvilínea.
Across The Universe
Julie Taylor costurou trinta músicas dos Beatles para contar o romance de Jude e Lucy. As músicas com novos arranjos dão uma nova perspectiva sobre aquele período, em que jovens idealistas faziam passeatas contra a Guerra do Vietnã e buscavam a paz, a intolerância e o amor ao som dos garotos de Liverpool.
Jogos de Poder
Baseado no livro de George Crile, o diretor Mike Nichols contra em forma de “dramédia”, os fatos reais da vida de Charlie Wilson, deputado texano que ajudou guerrilheiros do Afeganistão na luta contra a invasão russa na década de 80.

Melhor Ator/Drama
Daniel Day-Lewis, por Sangue Negro

Daniel tem uma carreira sólida, longa e com poucos filmes. Em Sangue Negro, dá vida ao ambicioso Daniel Plainview, que buscava prata e acabou se encantando com o petróleo e fazia de tudo para convencer pessoas a venderem suas terras para ele explorar o tal “sangue negro”. Indicações Anteriores: Ator Drama por Meu Pé Esquerdo (1989), Em Nome do Pai (1993) e Gangues de Nova York (2003).
George Clooney, por Conduta de Risco
O astro que já ganhou o título de homem mais sexy do mundo, agora é o advogado Michael Clayton, que trabalha para uma empresa de advocacia. O personagem se define como “faxineiro”: limpa a sujeira dos outros, além de descobrir as mentiras que as grandes corporações contam para manter seu status. Indicações Anteriores: Diretor e Roteiro por Boa Noite, Boa Sorte (2005). Prêmios Anteriores: Ator Musical/Comédia por E aí, meu irmão, cadê você?(2000) e Ator Coadjuvante por Syriana – A Indústria do Petróleo (2005).
James McAvoy, por Desejo e Reparação
Robbie é um jovem apaixonado, porém filho de empregados, cai numa mentira e acaba sendo preso e levado à Segunda Guerra Mundial. McAvoy tem seu primeiro grande papel nessa produção inglesa baseada na obra de Ian McEwan.
Viggo Mortensen, por Senhores do Crime
O eterno Aragorn da trilogia O Senhor dos Anéis, volta a trabalhar com David Cronenberg (Marcas da Violência). A indicação veio com o papel do misterioso Nikolai, que tem uma estreita ligação com uma família de grandes criminosos em Londres.
Denzel Washington, por O Gângster
Denzel Washington dá vida a Frank Lucas, sujeito do Harlem que ficou milionário com o tráfico na década de 70. Denzel enfrentou o desafio de ter o próprio Lucas acompanhando as gravações com a mesma sinceridade e determinação que usou para construir seu império das drogas. Indicações Anteriores: Ator Drama por Um Grito de Liberdade (1988), Malcolm X (1993) e Dia de Treinamento (2002). Prêmios Anteriores: Ator Coadjuvante por Tempo de Glória (1990) e Ator Drama por Hurricane – O Furacão (2000).

Melhor Atriz/Drama
Julie Christie, por Longe Dela

A veterana Julie Christie garante sua indicação pela enferma Fiona, que é deixada pelo marido numa casa de tratamento para idosos. Nesse local, ela descobre novos sentimentos por um interno e passa a rever toda sua vida com seu marido. Indicações Anteriores: Atriz Drama por Darling, a que Amou Demais (1966) e Atriz Musical/Comédia por Shampoo (1976).
Cate Blanchet, por Elizabeth – A Era de Ouro
Cate Blanchet retorna ao papel de Elizabeth I, oito anos depois do primeiro filme. Agora mais adulta, a rainha da Inglaterra tem que administrar sua função como soberana e seu romance com Sir Walter Raleigh. Indicações Anteriores: Atriz Coadjuvante por O Aviador (2005) e Notas sobre um Escândalo (2007), Atriz Musical/Comédia por Vida Bandida (2002) e Atriz Drama por O Custo da Coragem (2004). Prêmio Anterior: Atriz Drama por Elizabeth (1999).
Judie Foster, por Valente
Judie Foster é movida pela vingança nesse filme, após sofrer um ataque que sai ferida e seu noivo assassinado. Indicações Anteriores: Atriz Musical/Comédia por Se Eu fosse minha Mãe (1977) e Atriz Drama por Nell (1995). Prêmios Anteriores: Atriz Drama por Acusados (1989) e O Silêncio dos Inocentes (1992).
Angelina Jolie, por O Preço da Coragem
Baseados em fatos reais, Angelina dá vida a Mariane Pearl na busca pela verdade sobre a morte de seu marido no Paquistão, o jornalista Daniel Pearl. Prêmio Anterior: Atriz Coadjuvante por Garota, Interrompida (2000).
Kiera Knightley, por Desejo e Reparação
Na adaptação da obra de Ian McEwan, Kiera é Cecília. Jovem aristocrata separada de seu amor por causa de uma acusação da irmã. E segue sonhando com seu amado durante a Segunda Guerra Mundial. Indicação Anterior: Atriz Drama por Orgulho e Preconceito (2007).

Melhor Ator/Comédia ou Musical
Johnny Depp, por Sweeney Todd – O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet
Em sua quinta parceria com Tim Burton, Johnny Depp mostra seu lado macabro e assassino como o barbeiro vingador Sweeney Todd. Além de matar suas vítimas na barbearia, também solta a voz nesse musical. Indicações Anteriores: Ator Musical/Comédia por Edward Mãos de Tesoura (1991), Benny e Joon – Corações em Conflito (1994), Ed Wood (1995), Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra (2004), A Fantástica Fábrica de Chocolate (2006) e Piratas do Caribe: O Baú da Morte (2007) e Ator Drama por Em Busca da Terra do Nunca (2005).
Ryan Gosling, por Lars and the Real Girl
Ryan Gosling faz um jovem ingênuo que se apaixona por uma boneca inflável que encontrou na internet e acredita que ela seja real. Seu irmão acha que está doido, mas a população da cidade interiorana incentiva Lars em seu romance.
Tom Hanks, por Jogos de Poder
Um deputado solteiro e mulherengo, que se envolve na disputa entre Afeganistão e Rússia, que ganha confiança dos afegãos graças a seu carisma. Esse é o Charlie Wilson de Tom Hanks. Indicações Anteriores: Ator Musical/Comédia por Sintonia de Amor (1994) e Ator Drama por O Resgate do Soldado Ryan (1999). Prêmios Anteriores: Ator Musical/Comédia por Quero Ser Grande (1989) e Ator Drama por Filadélfia (1994), Forrest Gump – O Contador de Histórias (1995) e Náufrago (2001).
Philip Seymour Hoffman, por The Savages
Afastado da família por anos, John Savage tem que se unir à irmã para ajudar o pai doente, que mal conhece, num cômico drama familiar. Prêmio Anterior: Ator Drama por Capote (2006).
John C. Reilly, por Walk Hard: The Dewey Cox Story
Reilly encena a espiral vivida pelo músico Dewey Cox, com seus altos e baixos, a música, o programa de televisão, as drogas, as mulheres, os filhos e o amor. Indicação Anterior: Ator Coadjuvante por Chicago (2003).

Melhor Atriz/Comédia ou Musical
Marion Cotillard, por Piaf – Um Hino ao Amor
Marion Cotillard dá vida ao símbolo de uma época na França: a cantora Edith Piaf. Desde seu início em cabarés e prostíbulos ao reconhecimento internacional, mesmo em tempos de guerra.
Amy Adams, por Encantada
Nessa fábula da Disney, Amy Adams faz a versão carne-e-osso da princesa Giselle, que é enviada à Nova York pela bruxa malvada que não ver seu filho casado e perder o trono do reino de Andalasia.
Nikki Blonsky, por Hairspray
A fofa Tracy Turnblad enfrenta o preconceito contra as gordinhas para alcançar seu sonho: ser uma estrela.
Helena Bonham Carter, por Sweeney Todd
A quituteira Mrs. Lovett na realidade é uma serial killer que utiliza os restos mortais das vítimas de seu aliado Sweeney Todd para fazer tortas.
Ellen Page, por Juno
A adolescente Juno engravida e tem uma decisão surpreendente. Antes de o filho nascer, já o coloca à disposição para adoção, com o consentimento dos pais e da melhor amiga.

Melhor Ator Coadjuvante
Javier Bardem, por Onde os Fracos Não Têm Vez

O ator espanhol vive o matador Chigurh, contratado por um traficante para recuperar dois milhões de dólares e matar o ladrão. Indicações Anteriores: Ator Drama por Antes do Anoitecer (2001) e Mar Adentro (2005).
Casey Affleck, por O Assassinato de Jesse James pelo covarde Robert Ford
Sujo, medíocre e traiçoeiro. Assim é Robert Ford que se alia ao bando do famoso fora-da-lei Jesse James, para assassiná-lo pelas costas.
Philip Seymour Hoffman, por Jogos de Poder
Gust Avrakotos tem origem humilde, é ignorado por muitos na CIA, então decide violar as normas e faz negociações por fundos no Congresso. Prêmio Anterior: Ator Drama por Capote (2006).
John Travolta, por Hairspray
John volta aos tempos da brilhantina para viver a matrona Edna Turnblad, mãe de uma jovem gordinha que sonha em ser estrela, nesse musical com clima dos anos 60. Indicações Anteriores: Ator Musical/Comédia por Os Embalos de Sábado à Noite (1978), Grease – Nos Tempos da Brilhantina (1979) e Segredos do Poder (1999) e Ator Drama por Pulp Fiction – Tempo de Violência (1995). Prêmio Anterior: Ator Musical/Comédia por O Nome do Jogo (1996).
Tom Wilkinson, por Conduta de Risco
O advogado Arthur Edens tem um surto durante o processo de uma grande corporação e coloca tudo a perder tanto no emprego quanto em sua vida pessoal.

Melhor Atriz Coadjuvante
Cate Blanchet, por Não Estou Lá
Ela de novo. Cate Blanchet é uma dos artistas que interpretam o astro folk Bob Dylan nesse experimento de cinebiografia. Indicações Anteriores: Atriz Coadjuvante por O Aviador (2005) e Notas sobre um Escândalo (2007), Atriz Musical/Comédia por Vida Bandida (2002) e Atriz Drama por O Custo da Coragem (2004). Prêmio Anterior: Atriz Drama por Elizabeth (1999).
Julia Roberts, por Jogos de Poder
Joanne Herring – amiga e amante de Charlie Wilson – torna-se sua musa inspiradora devido aos seus ideais anticomunistas de dama da alta sociedade. Indicação Anterior: Atriz Musical/Comédia por Um Lugar Chamado Notting Hill (2000). Prêmios Anteriores: Atriz Coadjuvante por Flores de Aço (1990), Atriz Musical/Comédia por Uma Linda Mulher (1991) e Atriz Drama por Erin Brockovich – Uma Mulher de Talento (2001).
Saoirse Ronan, por Desejo e Reparação
A novata da turma interpreta a criativa Briony, que vê sua irmã ser cortejada pelo filho da governanta e depois o acusa de ser o estuprador da prima.
Amy Ryan, por Medo da Verdade
Helene McCready é mãe da pequena Amanda, 4 anos, que desaparece e uma dupla de detetives fazem a investigação onde nada parece ser o que realmente é.
Tilda Swinton, por Conduta de Risco
A vilã de Conduta de Risco é funcionária de uma empresa envolvida num escândalo jurídico. A personagem usa todas as estratégias para limpar o nome da corporação. Indicação Anterior: Atriz Drama por Até o Fim (2002).

Melhor Diretor
Julian Schnabel, por O Escafandro e a Borboleta
Julian Schnabel surpreende na direção do drama real vivido pelo editor da revista “Elle” francesa, Jean-Dominique Bauby, após um derrame que o deixou quase inerte, tendo somente o movimento do olho esquerdo.
Tim Burton, por Sweeney Todd
Burton mais uma vez com seu estilo bizarro e macabro, conta em forma de musical à história de Benjamin Barker depois que ele sai da prisão e sob a alcunha de Sweeney Todd parte em busca da vingança.
Ethan Coen e Joel Coen, por Onde os Fracos Não Têm Vez
Os irmãos Coen voltam às telas para contar uma história de violência e morte pelo Texas, por causa de uma fortuna roubada de um poderoso traficante de drogas. Indicações Anteriores: Roteiro por Fargo (1997) e O Homem que Não Estava Lá (2002). Diretor apenas para Joel por Fargo (1997).
Ridley Scott, por O Gângster
Ridley Scott dirige Russel Crowe e Denzel Washington para contar a história de Frank Lucas, sob a supervisão do próprio Lucas, num filme regado a violência e drogas em Nova York. Indicação Anterior: Diretor por Gladiador (2001).
Joe Wright, por Desejo e Reparação
Joe Wright usa sua sensibilidade para construir na tela o romance de guerra adaptado do livro de Ian McEwan.

Melhor Roteiro
Ethan Coen e Joel Coen, por Onde os Fracos Não Têm Vez
Os irmãos Coen mostram total sintonia na adaptação da obra “Old Men” de Cormac McCarthy. Indicações Anteriores: Roteiro por Fargo (1997) e O Homem que Não Estava Lá (2002). Diretor apenas para Joel por Fargo (1997).
Christopher Hampton, por Desejo e Reparação
Roteiro Adaptado por Christopher Hampton baseado na obra de Ian McEwan sobre amor, mentira e perseverança durante a guerra.
Aaron Sorkin, por Jogos de Poder
Aaron Sorkin adaptou o livro de George Crile para contar a história do deputado Charlie Wilson e sua participação na disputa entre Afeganistão e União Soviética. Indicações Anteriores: Roteiro por Questão de Honra (1993) e Meu Querido Presidente (1996).
Ronald Harwood, por O Escafandro e a Borboleta
Ronald Harwood busca num fato real o tema para uma história dramática e comovente. Indicação Anterior: Roteiro por O Fiel Camareiro (1984).
Diablo Cody, por Juno
Estréia de Diablo Cody como roteirista ao contar a história de uma adolescente grávida da única relação com seu melhor amigo.

Melhor Filme/Língua Estrangeira
O Escafandro e a Borboleta (França/EUA)
Biografia de Jean-Doninique Bauby, editor da revista “Elle” francesa, que após um derrame passa a se comunicar com a única parte de seu corpo que se movimenta: o olho esquerdo.
4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias (Romênia)
Filme romeno, vencedor da Palma de Ouro em Cannes, sobre jovem grávida que decide fazer um aborto no período final do comunismo no país.
O Caçador de Pipas (EUA)
Baseado no best seller de Khaled Hosseini, conta a história do afegão que volta ao país para ajudar o amigo de infância.
Lust, Caution (Taiwan)
Filme de Ang Lee sobre espionagem na China durante a Segunda Guerra Mundial. Vencedor do Festival de Veneza.
Persepolis (França)
Animação francesa adaptado dos quadrinhos de Marjane Satrapi, sobre jovem iraniana e as responsabilidades da maturidade durante a Revolução Islâmica.

Melhor Animação
Ratatouille
Remy é um rato francês que nasceu com o dom de cozinhar. Então, ele se une a um jovem desastrado para se tornar o maior chef de Paris.
Bee Movie – A História de Uma Abelha
Berry B. Benson é uma jovem abelha que descobre o roubo de mel pelos humanos e vai à justiça ao lado de uma florista para que as abelhas tenham seu mel de volta.
Os Simpson – O Filme
Quase 20 anos depois do lançamento da série, a família amarela de Springfield chega às telonas para combater um desastre natural causado por Homer Simpson.

Melhor Trilha Sonora
Dario Marianelli, por Desejo e Reparação
O italiano Dario Marianelli vem ganhando notoriedade nos EUA após a indicação ao Oscar em 2007 por Orgulho e Preconceito.
Howard Shore, por Senhores do Crime
Shore volta a trabalhar com Cronenberg, depois de Marcas da Violência, em mais um filme violento e realista. Indicação Anterior: Trilha Sonora por O Senhor dos Anéis – A Sociedade do Anel (2002). Prêmios Anteriores: Canção por O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei (2004) e Trilha Sonora por O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei (2004) e O Aviador (2005).
Clint Eastwood, por Grace Is Gone
Clint Eastwood mostra sua versatilidade cinematográfica assinando a trilha sonora desse drama. Indicações Anteriores: Diretor por Sobre Meninos e Lobos (2004), Cartas de Iwo Jima (2007) e A Conquista da Honra (2007) e Trilha Sonora por Menina de Ouro (2005). Prêmios Anteriores: Diretor por Bird (1989), Os Imperdoáveis (1993) e Menina de Ouro (2005).
Michael Brook, por Na Natureza Selvagem
Michael Brook assina a trilha do filme de Sean Penn sobre jovem promissor que abandona tudo para viver uma aventura.
Alberto Iglesias, por O Caçador de Pipas
O compositor espanhol Alberto Iglesias é o autor da trilha do filme adaptado do best seller de Khaled Hosseini, pelo americano Marc Foster.

Melhor Canção
Guaranteed, por Na Natureza Selvagem
Música de Eddie Vedder. Indicação Anterior: Canção por Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas (2004).
That’s How You Know, por Encantada
Canção de Alan Menken, tradicional compositor de desenhos da Disney, que chegou a ter tripla indicação a canção pela animação Aladdin. Indicações Anteriores: Canção por A Pequena Sereia (1990), A Bela e a Fera (1992), Aladdin (1993) e Hércules (1998). Trilha Sonora por Pocahontas (1996) e O Corcunda de Notre Dame (1997). Prêmios Anteriores: Canção por A Pequena Sereia (1990), A Bela e a Fera (1992), Aladdin (1993) e Pocahontas (1996). Trilha Sonora por A Pequena Sereia (1990), A Bela e a Fera (1992) e Aladdin (1993).
Grace Is Gone, por Grace Is Gone
Clint Eastwood mostrando seu lado compositor. Indicações Anteriores: Diretor por Sobre Meninos e Lobos (2004), Cartas de Iwo Jima (2007) e A Conquista da Honra (2007) e Trilha Sonora por Menina de Ouro (2005). Prêmios Anteriores: Diretor por Bird (1989), Os Imperdoáveis (1993) e Menina de Ouro (2005).
Despedida, por O Amor nos Tempos do Cólera
A cantora colombiana Shakira foi indicada pelo compatriota Gabriel García Márquez, autor do livro, para ser a autora das canções do filme.
Walk Hard, por Walk Hard: The Dewey Cox Story
Canção feita a oito mãos, para embalar as aventuras – e desventuras – de Dewey Cox em sua carreira musical. Sendo que o único a ter figurado anteriormente no Globo de Ouro foi o ator John C. Reilly.

Fernando Fonseca

Matéria original no blog: http://revistanerd.blogspot.com