sábado, 26 de julho de 2008

Boboca como sempre


Brendan Fraser é o típico ator de um tipo só: o cara boboca que se mete em encrenca numa aventura absurda. É assim na trilogia "A Múmia" e também nesse "Viagem ao Centro da Terra", adaptação da obra de Julio Verne. Ok. Ele já fez outros papéis, mas tem se destacado ultimamente apenas nesse estereótipo, tanto que o terceiro episódio mumificado sai no próximo dia 01 de agosto.

Vamos ao filme. O livro serve como guia do personagem de Fraser na busca por seu irmão perdido há cerca de 10 anos. Ele trabalha num laboratório e ao analisar anotações do irmão e os registros de um computador, segue com o sobrinho para uma viagem à Islândia. Os dois e uma guia vão a uma região vulcânica, caem numa caverna e... viajam para o centro da Terra. Há vida embaixo de nossos pés e tudo igual à descrição do livro de Verne, que Fraser tem à mão, pois era o livro favorito do irmão desaparecido.

O filme foi feito para cinemas em 3D, infelizmente, assisti num cinema convencional. Os efeitos são legais e há alguns momentos cômicos, que acabam remetendo ao personagem Rick O'Connel (A Múmia). Mas é uma diversão sem compromisso, boboca que faz rir e passar uma hora e meia comendo pipoca.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Cartas na mesa



"Batman - O Cavaleiro das Trevas" é o filme do Coringa. Batman, Alfred, Rachel, Lucius, Gordon, Harvey, estão todos lá, mas o filme é do Coringa. A atuação insana de Heath Ledger merece a indicação ao Oscar. O filme também merece outras indicações como: filme, diretor, trilha, fotografia, direção de arte, som, edição, efeitos visuais. "TDK" (as iniciais do sub-título em inglês) elevou as adaptações de histórias em quadrinhos a outro patamar.


É um policial, de roteiro amarrado e com reviravoltas, boas atuações, de ação ininterrupta e a história é angustiante. Realmente, prende o espectador já em sua primeira película projetada. Não há espaço para escapismo, piadas infantis e vilões bufões. É um filme adulto e maduro.


A direção de Christopher Nolan é segura e ritmada. O Batman de Christhian Bale é atormentado por dúvidas sobre seu papel dentro da estrutura social de Gotham. Harvey Dent é o bom moço que ao ter sua vida desgraçada por uma tragédia, mostra sua verdadeira face. E o Coringa, é como ele diz "o agente do caos", que espalha o medo por onde passa.


Um grande filme. Uma excelente adaptação. Alguns recordes de bilheteria: 18,5 milhões de dólares em ingressos antecipados, 66,7 milhões de dólares no primeiro dia, 158 milhões de dólares em seu fim de semana de estréia. Esses números em solo americano mostra a força do melhor filme do ano.


Não é tem como sair com um sorriso no rosto, após tanta adrenalina. Mas se alguém te perguntar: "Por que tão sério?", fuja enquanto é tempo.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Aventura da China


Desenho, Angelina Jolie, Comédia, Jack Black, Artes Marciais, Jackie Chan, Aventura, Lucy Liu, Drama e Dustin Hoffman. Essa mistura é a tônica de "Kung Fu Panda" da Dreamworks, a sua melhor desde "Shrek 2". Mas, para fazer sucesso, novamente, o estúdio utiliza grandes atores como dubladores. E assim, conseguir mais marketing, coisa que não acontece com a grande rival Pixar/Disney.

Vamos ao que interessa. O filme é bom? É. Muito divertido, piadas engraçadas, cenários exuberantes, cenas de ação fantásticas e ainda uma lição de moral bem à moda chinesa. Aliás, que boa estratégia lançar um filme com temática oriental às vésperas dos Jogos Olímpicos de Beijing (Pequim), na China.

A história de um panda Po, preguiçoso e gorducho que sonha em ser um mestre do kung fu, que se mete numa enrascada quando é apontado como o único a combater o tigre Tai Lung e salvar o Vale da Paz de sua fúria.

Infelizmente, conferi "Kung Fu Panda" na versão dublada que domina os cinemas brasileiros. São raras as cópias legendadas. Desculpa da distribuidora: é um filme para crianças e elas não conseguem acompanhar o desenho e a leitura, quando elas sabem ler. Mesmo assim é uma grande diversão para essas férias escolares de inverno.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Da comédia ao drama


Assim é "Hancock", o novo filme de Will Smith. Ele é John Hancock, um sujeito comum, adora beber, safado, mau-humorado e super-poderoso. Ok, nem tão comum assim. O povo o odeia porque ele sempre estraga tudo quando vai fazer o bem. Aí termina a comédia. Ele vai preso por destruir bens públicos em seus atos 'heróicos'. Aí começa o drama.

Ele passa a ter uma ajuda de uma família comum para se reintegrar na sociedade e descobre que não está sozinho. Há outro de sua espécie de poderes. Enfim, não adiantar contar mais. Temos uma boa comédia no início do filme e um verdadeiro filme de super-herói no fim, com boas cenas de ação.

O negócio é desligar o cerébro e o senso crítico e embarcar nessa aventura.

domingo, 6 de julho de 2008

A Beleza da "Cegueira"

Neste último dia 03, lançaram os cartazes individuais do filme "Cegueira" de Fernando Meirelles, adaptação do livro português "Ensaio sobre a Cegueira", de José Saramago. A obra internacional, gravada no Brasil, Uruguai e Canadá tem lançamento no Brasil em 12 de setembro.


Cada cartaz tem um ator e uma frase que, ao que tudo indica, define seu personagem.


Danny Glover: Faith is Blind (A Fé é Cega).


Alice Braga: Lust is Blind (A Luxúria é Cega).


Gael García Bernal: Trust is Blind (A Confiança é Cega).


Mark Ruffalo: Hope is Blind (A Esperança é Cega).


Julianne Moore: Love is Blind (O Amor é Cego).




Os mais belos cartazes do ano.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Um grande robô


Um romance, uma aventura, uma crítica social e ambiental, uma comédia, um drama e... um desenho. Tudo isso serve para descrever "Wall.E", a nova animação da Pixar/Disney. Um filme para crianças se encantarem com um robozinho curioso e apaixonado, e os adultos se emocionarem com uma mensagem de socorro feita por uma máquina sobre o nosso futuro.

O visual do filme é sensacional, uma Terra devastada, um espaço luminoso, uma nave futurista, humanos exageradamente gordos e preguiçosos e robôs neuróticos. Mais uma grande obra da Pixar.

Jogada de sorte


A nova comédia romântica de Cameron Diaz e Ashton Kutcher, "Jogo de Amor em Las Vegas" apostou numa história clichê, previsível, mas que contagia. O motivo do sucesso: a química do casal abobalhado. A história do casal que se casa em Las Vegas, bêbados, sem se conhecer e depois tem que conviver por causa de um prêmio de 3 milhões de dólares é absurda. Mas é nesses exageros que temos muitas cenas engraçadas.

A prova desse sucesso é que o filme custou apenas 35 milhões de dólares, rendeu 78 milhões nos Estados Unidos e mais de 120 milhões no resto do mundo.

Vale a pena assistir, para se divertir. E também levar uma companhia. Quem sabe não dá sorte?