sábado, 24 de abril de 2010

Alice no País de Tim Burton

Tim Burton é um cara estranho, de visual exótico e com uma filmografia exuberante. Caminhando entre animação stop motion e o live action, o diretor sempre optou pelo bizarro, pelos conflitos da relação pai e filho e personagens marcantes. Seu parceiro de longa data, Johnny Depp chega a seu sétimo trabalho com o cineasta, sempre encarnando personagens surreais. E nesta adaptação da obra literária de Lewis Carroll, Alice no País das Maravilhas, nada melhor que ele dar vida ao Chapeleiro Maluco.

Novamente ao lado do marido-diretor, Helena Bonham Carter, é a maléfica e mau humorada Rainha de Copas. Na história, Alice (a novata Mia Wasikowska) tem 19 anos e é perturbada por sonhos com seres estranhos num lugar fabuloso desde os 6 anos, o que ela não lembra é que esse mundo existe e ela visitou quando menina vivendo várias aventuras. Seu retorno é aguardado para liderar uma guerra contra as forças da Rainha de Copas.

O filme referencia a obra de Carroll num tom onírico e amalucado, dando espaço para liberdades e licenças poéticas que, às vezes, não caem bem como a dança maluca do Chapeleiro. Mas, se mantém mais fiel ao espírito do livro do que o clássico desenho da Disney sendo uma continuação da história original do que a adaptação animada, que também produz este novo filme com tecnologia 3D. O trio principal e os personagens digitais (o Coelho Branco, a Lebre, o Gato Risonho) seguram as pontas transitando pela aventura e comédia. Para os fãs e críticos mais xiitas, é apenas mais um filme para Burton exercitar seu estilo, o que não deixa de ser um pouco verdade. Entretanto, ele vai além ao tentar dar à juventude atual um pouco da inocência perdida, o fantástico, o imaginário, no processo de amadurecimento e construção da personalidade para viver no mundo adulto.

domingo, 18 de abril de 2010

Os Melhores Amigos

É alguns dias ausente, feriadão de Páscoa bombando, muito chocolate e agora retornar a vida. Nesses dias, aproveitei para rever uns episódios do seriado que mais gosto: Friends. A história de seis amigos de Nova York e todas suas confusões, reviravoltas, brigas, romances e mancadas fez muito sucesso e rendeu 10 temporadas! Das quais, eu por enquanto, tenho sete em DVD, falta grana para comprar as outras três (ou esperar a boa ação de alguém). Enfim, um lugar onde os personagens são altamente identificáveis, mesmo com alguns absurdos, abusos, estereótipos, caricaturas e licenças poéticas, é difícil não se apegar a essas criaturas e se sentir parte da turma.
Phoebe Buffay é quem mais gosto, talvez por ser a mais anormal da turma. Afinal, ela canta mal, é massagista, tem um lado espiritual bem espirituoso e, suas vidas passadas são hilárias. Sem contar sua megera irmã gêmea, Ursula, que vez ou outra dá as caras para diálogos surreais. E claro, "Smelly Cat" (Gato Fedorento), a canção mais famosa da cantora.






Chandler Bing, só o sobrenome já é motivo de piada. Mas o que dizer de um cara que parece meio alegre, tem uma mãe famosa por seus contos sexuais, o pai virou drag queen e fugiu com o mordomo e no trabalho ninguém sabe o que ele faz exatamente? Assim é o palhaço da turma, o cara que tenta fazer piada de tudo e sempre sai mal. Um perdedor no melhor sentido da palavra, não consegue uma garota, só leva fora e ainda assim, não perde uma chance de gozar a vida.
Rachel Green é a típica patricinha que sempre teve tudo na mão, um veleiro, um pônei. Até que, no dia de seu casamento com um figurão, ela resolve abandonar tudo e vai morar com a melhor amiga do colégio que não via há tempos. As aventuras dessa ex-rica que não gosta de trabalho e adora compras passa por um processo de amadurecimento hilário. Sem contar um certo affair com outro "amigo" do seriado.
Joey Tribbiani é o típico ator canastrão, não tem noção do ridículo, se acha o garanhão e consegue sexualizar tudo que vê e ouve. Sua libido só não é maior que sua ignorância. É tão burro quanto uma porta, sua graça está exatamente aí: é uma paródia da vida de artista, onde muitas vezes vale mais um rosto bonito, do que conteúdo!
Monica Geller é uma ex-gorda que se tornou chef de cozinha, ou seja, comida é sua vida. Além disso, tem uma irritante mania de limpeza e organização. Para completar sua personalidade forte é altamente competitiva, sempre tem que estar a frente dos outros e ser a vencedora, nem que seja no palitinho.
Ross Geller, irmão mais velho de Monica, paleontólogo. Seus discursos pausados e didáticos são insuportáveis, mas aí que está a graça. A lerdeza dele para com o mundo, a nerdice exagerada e as crises infantis são marca registrada.







Enfim, é nessa construção de estereótipos dos trintões das décadas de 1990 para 2000, aquela que foi uma das séries cômicas mais famosas da televisão. E hoje, podemos rever em dvd ou no Warner Channel. O SBT passou a primeira e segunda temporadas.