sábado, 29 de dezembro de 2012

Top 10 de 2012

O ano de 2012 vai se encerrando com uma recuperação da indústria cinematográfica, mesmo diante da crise mundial. O povo tem buscado o cinema como fonte de alegria, entretenimento e distração nesses momentos difíceis. E já que o mundo não acabou, que 2013 tenhamos mais filmes interessantes para prestigiarmos nos cinemas. Enquanto isso, deixo meu Top 10 dos filmes que vi em 2012:
1- Argo: Hollywood sempre fez fama ao inventar histórias de ficção que falavam sobre agentes secretos salvando o mundo. Entretanto, Ben Affleck dirige e protagoniza um filme sobre Hollywood sendo a responsável por um capítulo importante da história americana que só foi divulgada anos depois do acontecido. Em 1979, durante a crise no Irã a Embaixada dos EUA em Terrã é invadida, alguns funcionários são feitos reféns e outros seis conseguem se refugiar na Embaixada do Canadá. Então, o melhor plano para extrair os refugiados do Irã é: inventar que fazem parte de uma equipe de filmagem, que estão procurando locações no Oriente Médio e para isso a CIA tem ajuda de um estúdio, com festa de lançamento da produção sendo reproduzida pela mídia e tudo mais.
2- 007: Operação Skyfall: James Bond desde Casino Royale era um novato em campo, estouradinho e deselegante. Mas mesmo assim, fantástico. Em Skyfall, Daniel Craig atinge a maturidade na pele do espião, com um roteiro inteligente e empolgante, e podemos dizer que este é o Bond que conhecemos. Com um vilão sarcástico e maníaco interpretado com sutileza por Javier Bardem, o filme é um dos melhores da saga e entrega as melhores atuações. Judi Dench é uma diva em seu auge e Ralph Fiennes entra na história com muito estilo. Fechando o pacote: a bela música-tema na voz de Adele.
3- A Invenção de Hugo Cabret: Martin Scorsese faz uma fábula que homenageia o cinema fantástico criado por Méliès no início do século XX a partir do olhar de um garoto órfão que mora numa estação de trem em Paris. A união de uma história fantástica com a melhor tecnologia em efeitos, temos o 3D mais natural desde Avatar e com o upgrade de termos em cena atores de carne e osso. Embalada por uma trilha emocionante e os jovens Asa Butterfield e Chlöe Grace Moretz com uma simpatia contagiante, o filme ganha brilho ao ter Ben Kingsley como o cineasta Georges Méliès, um ícone do cinema mudo.
4- O Hobbit: Uma Jornada Inesperada: Como é bom voltar à casa. A Terra Média é meu lar e Peter Jackson nos traz os personagens de Tolkien mais uma vez, agora com a adaptação de O Hobbit, que é um livro infantil e curto, numa trilogia anabolizada. Com a participação de velhos conhecidos da Trilogia do Anel, o novo filme faz o elo entre as sagas, adiciona fatos que não estão no livro e ainda sobra tempo (e isso tem bastante) para dar uma nova dimensão da Terra Média e dos acontecimentos que vão desencadear na Guerra do Anel. O melhor da jornada: Gollum está cada vez mais real. Aqui temos Bilbo jovem numa jornada com Gandalf e treze anões para reaver a fortuna dos anões na Montanha Solitária. Pena que Smaug, o dragão, só apareça de relance. Dezembro de 2013 nunca foi tão longe!
5- Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge: O final épico da trilogia de Nolan para o Homem-Morcego. Bane é um vilão destruidor, que não conhece limites de violência e, sua voz mascarada e os músculos de Tom Hardy caíram como um luva. A introdução da ladra Mulher-Gato é sensacional e Anne Hathaway ficou deslumbrante no papel. No mais, temos uma trama à altura dos antecessores, com uma ação tensa destaca pela fotografia e trilha sonora. Gotham é lugar sitiado e está sob domínio de um louco que quer explodir a cidade para cumprir uma vingança. E a reviravolta com uma certa dama é muito boa (apesar de ser esperada).
6- Ted: O sonho de toda criança solitária é que seus brinquedos ganhem vida. A partir dessa premissa, temos um ursinho de pelúcia falante, maconheiro, desordeiro, puteiro e politicamente incorreto. A comédia mais suja do ano teve sucesso merecido. Mark Whalberg é um adulto que não consegue ter uma vida normal, porque é mais irresponsável que seu ursinho maluco e a química entre os dois é perfeita, até compartilha do terrível medo de trovões. E pra completar temos uma Mila Kunis deliciosamente perfeita no papel da namorada que disputa a atenção do namorado com Ted.
7- Intocáveis: Um rico paraplégico que procura alguém para cuidá-lo não somente pelo alto salário, mas para ter uma vida mais humana e confortável, e ainda aguente suas exigências. Um negro sem perspectivas que não dá bola pra trabalho e vive do salário-desemprego e só precisa de declarações que está procurando um emprego. A união desses personagens tão díspares em situações cotidianas que transitam entre o drama e a comédia sem cair na pieguice. O filme francês é belo, simples e tem potencial para ser finalista do Oscar de Filme Estrangeiro.
8- Os Vingadores: Após a saga dos filmes-solo de Hulk, Thor, Capitão América e Homem de Ferro, temos a união desses heróis (e o adendo da fatal Viúva Negra e do certeiro Gavião Arqueiro) no filme-pipoca mais empolgante do ano. A maior bilheteria de 2012 é o resultado do sucesso da união dos heróis da Marvel contra o vilão Loki, mais psicótico do que nunca (afinal, todo vilão de HQ é maluco e quer dominar o mundo). O filme é uma sucessão de brigas e batalhas de tirar o fôlego, com destaque para a luta entre Hulk e Loki. Que venha o segundo!
9- Gonzaga: Pai e filho são mestres da música popular brasileira. Guiado através de uma entrevista feita por Gonzaguinha com Gonzagão, o filme narra a desventura familiar que uniu os astros somente nos últimos anos de vida. Do sertão pernambucano ao Rio de Janeiro e shows pelo Brasil, o filme respira música e transpira emoção a cada quadro. Breno Silveira eleva o patamar de sua direção já visto na biografia de Zezé Di Camargo e Luciano e entrega um filme ainda mais humano e realista, que talvez com mais uns 20 minutos de metragem tivesse ficado ainda mais perfeito na transposição da relação entre Luiz Gonzaga e Gonzaguinha.
10- A Origem dos Guardiões: Papai Noel, Sandman, Fada do Dente e Coelho da Páscoa são personagens que estão no imaginário das crianças. Jack Frost é apenas lembrado de vez em quando e por isso não é reconhecido pelos pequenos como um herói. Mas, quando o Breu volta a querer dominar a terra com um mundo de pesadelos, o menino-gelado Jack Frost se une aos ilustres personagens para combater o mal e fazer as crianças acreditarem na magia novamente e acabar com o medo crescente do Bicho-Papão. Um desenho encantador, colorido, que faz as crianças vibrarem e os adultos voltarem à velha infância.