Abri o ano de 2010 não com Avatar, esse foi o segundo, antes vi Lula - O Filho do Brasil. O filme do diretor Fábio Barreto conta a vida do presidente desde a infância em Caetés, sertão pernambucano até a morte de sua mãe na década de 1980, quando Lula estava preso devido as greves no ABC paulista. Fui sem grandes expectativas, algo como ver um novo 2 Filhos de Francisco e me surpreendi.
O filme sobre Lula não é uma plataforma política para Dilma, mas a história de uma mulher guerreira e um filho que apenas busca uma vida melhor. A trilha sonora e fotografia são lindas. A narrativa é interessante e emociona, principalmente quando Lurdes (Cléo Pires) a primeira mulher de Lula morre no parto, assim como o filho que nasce morto - na fila atrás ouvi choros soluçantes. O filme talvez tenha me tocado mais, devido o fato de meus pais também serem nordestinos e passaram pela mesma saga apra vir ao sul do Brasil, e no mesmo período. Glória Pires como Dona Lindu é fantástica e Rui Ricardo é uma revelação como o presidente.
James Cameron conseguiu novamente. Avatar é um esplendor técnico, uma narrativa empolgante, um romance lindo e uma aventura fantástica. Adjetivos me faltam para descrever esse filme-evento, saí boquiaberto da sessão. Ainda mais, em um IMAX, parece que a grandiosidade desse filme ganha escala inimaginável. E creio, que Avatar possa ser a grande sensação do Oscar e Cameron leve mais uma vez o careca dourado.
Além dos momentos que me reportaram a outros filmes, como Aliens e a cena da Dra. Grace na Árvore, ou quando Jake e Neytiri falam "I see you", frase utilizada por Jack para Rose no Titanic, os "cavalos de Pandora" e a cavalgada dos Rohirrim em Senhor dos Anéis, os robôs que os humanos pilotam que parecem os machwarriors de Matrix Revolutions. Enfim, um filme nostálgico e maravilhoso!
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