quinta-feira, 19 de junho de 2008

O mês do meio

Junho marca o meio do ano, o primeiro semestre finda aqui e suas peculiaridades (como qualquer mês tem) são friamente desenvolvidas. Afinal, só aqui para se comemorar o Dia dos Namorados antes de Santo Antônio, o Santo Casamenteiro. Quantas moças não castigam o coitado do santo, só porque passaram mais uma vez sozinhas o dia em que os amantes se entregam às luxúrias da paixão e do.. consumismo. O mercado agradece, pois é uma das datas comemorativas de maior venda, o preço médio dos presentes é maior que no Dia dos Pais.
Aliás, quer clima mais romântico que o frio? A comemoração começa com delicioso jantar à luz de velas, passa para um filme com pipoca e termina com vinho, cama, cobertor e exercício físico no motel. A conta do cartão no fim do mês é a pior ressaca de tanta paixão.
Então temos as tradicionais festas juninas com suas quadrilhas (Brasília têm inúmeras), balões, quentão, doces, sanfonas e pipoca, novamente. Daí o clima esquenta com tanta bebida e dança. São João, São Pedro, São Paulo. Pula a fogueira. Pula a cerca. E a casa cai. Quanta gente não aproveita a barraca do beijo.
Aquele lindo casal de namorados no início do mês, agora tá no "Bloco do Eu Sozinho", cada um no seu canto. Nem a medalhinha de Santo Antônio dá jeito na situação. O mês do meio do ano acaba, o namoro acaba, as festas acabam. Só resta o frio e as contas a pagar, sem direito a cobertor de orelha.
Para quem tem mais sorte, Santo Antônio dá uma força. Encontra o amor de sua vida e vive uma história de amor de inverno, que é melhor que amor de verão: tem a desculpa do frio para ficar mais perto, bem mais perto!

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