segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Boxe Metálico

No futuro, homens não praticarão boxe, o esporte exigia violência demasiada de um público sedento por sangue. Assim, os robôs entraram nos ringues em duelos mortais. Charlie Kenton (Hugh Jackman, fazendo papel de pai-herói) é um ex-boxeador fracassado, que trabalha com robôs velhos tentando ganhar uma grana no mundo da luta entre os autômatos. Essa é a premissa inicial de Gigantes de Aço.

A ex-mulher morre e deixa como presente o filho de 11 anos, Max (o simpático garoto Dakota Goyo) que ele nunca quis conhecer. Então, os tios do menino que querem a guarda, fazem um acordo e assim, o mercenário Charlie troca o filho por dinheiro para liquidar dívidas. Porém, terá que passar o verão com ele. A partir daí, temos uma jornada da descoberta da relação pai-filho e como os anos afastados ainda assim os deixou parecidos na personalidade.

Charlie ainda tem um relacionamento tempestivo com a bela Bailey Tallet (Evangeline Lilly, bonita como sempre). E é assombrado pelo fantasma do fracasso como lutador ao perder uma grande final quando jovem. Então, num ferro velho de robôs, sob forte tempestade Max cai num penhasco é salvo por Atom, um robô sucateado, que ele adota como herói e quer levá-lo aos ringues.

A partir daí a história adaptada do romance Steel (de Richard Matheson, 1954) e produzida por Steven Spielberg vira um drama sobre como a relação pai e filho pode se aproximar diante de um interesse comum, intercalada com momentos de lutas violentas nos ringues. E ainda ganha contornos de crítica ao consumismo e ao avanço da modernidade (de forma superficial) com a trama sobre a empresa que comanda as lutas e quer acabar com os robôs ultrapassados. Com robôs realísticos, uma trilha sonora calcada no pop e rap americano, o filme diverte, mas é bem descartável. Gigantes de Aço é um filme pipoca bem feito e nada mais, que conseguiu preencher uma das vagas na categoria de Efeitos Visuais do Oscar 2012.



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