sexta-feira, 23 de julho de 2010

Parceria

A internet é um lugar estranho, perigoso, mas que nos faz encontrar grandes amizades. Destas amizades, podem surgir parcerias para algo novo, um desafio. É assim, com esse pensamento que quebrar barreiras, conhecer pessoas, discutir, escrever, argumentar, expor ideias, que com muita honra, anuncio que a partir de agora faço parte da equipe do blog Pipoca Net. O convite realizado pelo grande amigo e irmão Matheus, veio num momento de mudanças e que se encaixa, como uma peça do intrincado quebra-cabeça da vida.

Por isso hoje, venho aqui, com muita felicidade dizer que faço parte desta família. Além do gaúcho de Pelotas [sem piada] Matt, conta com o pseudo-paranaense meu irmãozão Richar [também é gaúcho, mas antes de virar paranaense estava no Mato Grosso do Sul] e da paulista titia Ana [a mulher que coloca ordem na casa, aliás ela é paulista mesmo? hehehehe].

Ainda estou madurecendo ideias, possibilidades, colunas, trabalhos para essa nova empreitada. Como disse ao Matt, vou pensar! Afinal, dia 30 começa minhas férias, vou viajar ao Rio Grande do Sul [se Deus quiser] e volto com todo gás para trabalhar. Será interessante essa troca de experiências, pois lá é um lugar que já tá há um ano no ar, com seu modelo, sua característica, seu público. E agradeço a vocês que me acompanham por aqui e espero vê-los por lá também. Mas, não fiquem tristes, isso não é um adeus deste lugar que já faz parte da minha vida há tanto tempo. É momento de mudanças e espero reformular este espaço, dar novos ares. Obrigado pelo carinho, atenção e paciência de todos! E nos vemos em breve no Pipoca Net e aqui.



sábado, 17 de julho de 2010

Shrek: o capítulo final?

Mais uma saga de animação chega ao fim, ou não, pois ao final da sessão de Shrek Para Sempre, o quarto filme da série do ogro verde percebemos que os produtores são capazes de qualquer coisa para embolsar uma grana a mais. Após um início surpreendente em 2001, ao bater a Disney/Pixar no primeiro Oscar de animação e a maior bilheteria de uma animação na história com quase 920 milhões de dólares arrecadados ao redor do mundo com Shrek 2, a franquia caiu de qualidade apesar de manter um alto desempenho financeiro no terceiro, essa quarta parte vem rendendo bem nos EUA mesmo sendo sem graça demais para quem fez sucesso com um humor ácido e inteligente.

Após enfrentar dragões, aldeões, sogros e filhos, Shrek agora enfrenta a consciência: com família, deixou de ser o ogro que fazia todos tremerem, agora não passa de um ponto turístico em seu pântano. Não é visto como um ogro de verdade, começa a se sentir deprimido, essa angústia explode no aniversário de 1 ano dos filhos trigêmeos e pronto! Temos o fio condutor da narração ao ele deparar com um duende Rumpelstiltskin e assina um contrato mágico para ter por um dia sua vida de ogro de volta. Em troca, ele dá um dia de sua infância. Mas, o traiçoeiro duende pega para si o dia do nascimento de Shrek. Quando isso ocorre, o seu dia de ogro se torna um inferno. Ninguém o conhece, o Rumpelstiltskin é o novo rei de Tão Tão Distante, Fiona é a líder de uma tropa de ogros revolucionários, Gato de Botas é um bichano balofo e o Burro é um capacho ambulante - e muito falante, como sempre.

Com essa tentativa de reescrever a história e dar um novo fôlego para o final da série, Shrek Para Sempre escorrega, deixando o sabor de boas intenções, mas nenhuma consegue atingir seu objetivo. As piadas parecem velhas, repetitivas e sem criatividade. Os olhos fofos do Gato de Botas não exercem o mesmo fascínio, a burrice do Burro incomoda e o Shrek não é nem assustador nem cômico. E Rumpelstiltskin é uma versão miniatura, chata e sem o humor ácido da Rainha de Copas (de Alice no País das Maravilhas, de Tim Burton). Enfim, uma despedida sem graça, que poderia ter sido melhor e à altura dos contos que fizeram de Shrek um ícone da animação no início dos anos 2000. Mas, será que realmente foi o fim? Afinal, os produtores adoram reinventar seus personagens em busca de uma grana. O filme-solo de Gato de Botas pode chegar às telas em breve e levar novamente o público até Tão Tão Distante.



quinta-feira, 8 de julho de 2010

Terra do Nunca

Peter Pan não crescia em seu mundo encantado, mas nós, pobres mortais crescemos, envelhecemos. Deixamos para trás as brincadeiras de criança, as coisas de criança e, claro, os brinquedos. Afinal, não vemos nenhum adolescente, jovem, adulto ou idoso jogado no chão com seu carrinho, ou mulheres e moças atarefadas com as roupas de suas bonecas. Nossos carros são de verdade, as bonecas são os filhos, as responsabilidades aumentam e a velha infância é apenas um pedaço do passado, lembranças guardadas no baú da memória, assim como aquele brinquedo predileto empoeirado dentro de uma velha caixa guardada entre outras peças do museu de nossas vidas.


Afinal, o que fazer com os brinquedos quando as crianças se tornam homens e mulheres buscando um lugar ao sol, enfiados com o nariz sobre os livros por causa da faculdade ou até mesmo cansados após uma dura jornada de trabalho? Jogar no lixo aqueles sem conserto, doar os menos danificados e os mais inteiros dar de presente a alguma outra criança da família ou guardar para os netos. Enfim, as possibilidades são muitas. Mas, e os brinquedos, nossos companheiros inseparáveis de um período divertido e agitado, o que eles pensam sobre essa separação?


Woody, Buzz Lightyear e companhia enfrentam esse dilema no capítulo final da saga da Pixar. Toy Story 3 termina com grande estilo a série que abriu as portas para o estúdio se consolidar como o dono das animações. Os brinquedos do agora calouro de universidade, Andy, se aventuram por creches, sacos de lixo, aterros sanitários e o fim iminente de suas vidas.


A premissa é simples: Andy vai para universidade, coloca os brinquedos num saco para guardá-los no sótão, enquanto levaria Woody com ele para a universidade, já que foi sempre seu fiel companheiro. Entretanto, ocorre um acidente e os brinquedos são jogados no lixo, Woody tenta salvá-los mas discutem e acabam parando numa creche. O local é um território onde todos poderiam ser amados novamente pelas crianças de lá, porém um Lotso, um urso perverso domina o lugar e os brinquedos de Andy são torturados. Na hierarquia da creche, os novatos são jogados para a sala dos mais novos, que quase matam os brinquedos de tanto jogar, puxar, bater. Então, a Pixar joga num filme infantil toda a questão de identidade, união, rebeldia, ditadura, com diálogos afiados e um roteiro inteligente. Destaque para a participação especial de Barbie e Ken.


Algumas pessoas reclamam que após tanta tensão, o final do vilão não é como esperado, só que não dá para cobrar mais violência ou força já que Toy Story 3 é um filme feito para as crianças, mesmo aquelas que cresceram junto com a série e hoje, são como o Andy, adultos, universitários, que deixaram seus brinquedos de lado, mas ainda guardam dentro si aquela meninice sapeca de outrora. Um filme perfeito, mais um no currículo da Pixar que, até hoje, não errou e sempre nos entregou grandes obras da animação.


Noia

Noia! O crack se alastra como fogo num palheiro, toma conta da sociedade, invade ruas, casas, famílias. Os pontos de venda são disputados, a droga é o fim do caminho de quem começou com um simples "baseado". É sobre essa epidemia de crack que o documentário Noia, de Lucas Ferraciolli e Ronaldo Domingues. O trabalho foi realizado para conclusão da graduação em Comunicação Social/Jornalismo da Faculdade Maringá. A situação apresentada é um retrato das ruas, do submundo de Maringá, mas poderia muito bem ser de qualquer outra cidade do país.

Em seis partes, podem ver o documentário Nóia.

Sinopse oficial: "Noia: A vontade de não ser visto combina com a vontade de não querer ver" - um documentário de Lucas Ferracioli e Ronaldo Domingues como trabalho de conclusão do curso de Comunicação Social - Jornalismo da Faculdade Maringá - PR sob orientação do professor Ms. Emerson Dias.


Parte 1


Parte 2

Parte 3

Parte 4

Parte 5

Parte 6